terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Por que escrevo?


Essa com certeza é a pergunta que todo escritor já fez a si mesmo: Por que eu escrevo?
Acho que os motivos que levam os escritores a escrever são inúmeros. E não me acho capaz de listar todos, porque cada um é cada um. Então, falarei de mim!
Anelise, por que você escreve?
Acho que eu só fui parar para pensar sobre isso no ano passado, quando completou dez anos que eu peguei o primeiro caderno e comecei a escrever.
Eu ainda era uma criança e não entendia direito das coisas. Não entendia da vida e nem de escrever também. Aprendi sobre os dois sozinho, enquanto eu crescia.
Era novinha e inocente, mas eu sempre tive uma imaginação muito fértil e brincava bastante com o meu irmão. Tanto que uma das primeiras histórias que criei tem nós dois como protagonistas (e eu só fui escrevê-la como conto em 2013).
Tinha entrado em uma escola nova pela primeira vez, a outra foi onde estudei desde bebê praticamente. E sofri um pouco com aquilo, não que na época senti-se isso, mas fui perceber durante os devaneios. Era uma escola grande e com muita gente, maioria deles se sentindo "os adultos"  porque entraram na quinta série.
Então eu sofri do problema de ter que me encaixar. Não crescer mais cedo, mas realmente me sentir melhor aceita. E sim, considerei algumas coisas bullying.
Eu sempre tinha que pagar quando quebrava algo de alguém. Ou as pessoas riam de mim porque eu era pequeninha e inocente. Vide o "Minha mãe não deixa" que respondi a um convite de sair de um menino. Essa foi para ser zoada o resto do fundamental II.
Mas uma coisa que sempre soube era me desligar da escola no momento em que saia dela. Isso também graças a internet não ser como é hoje.
Além dessas coisas, também teve no ano seguinte, 2004, a minha miopia começando a aparecer e me fazendo ficar com dificuldade na escola. (Hoje já tenho quase seis graus de miopia!)
Pode ter sido tudo isso que me levou a escrever ou quem sabe simplesmente o meu amor as Super Agentes? (aka 1º história)
Só que nessa altura do campeonato é algo muito complicado de se descobrir o que levou ao estopim, ao começo de tudo. O que importa é que agora eu escrevo e faço isso apenas para mim, porque já faz parte de mim, porque me completa.
Pode até haver dias que não estou nem um pouco com vontade de pegar o caderno ou abrir o word, mas isso vai do meu humor, que convenhamos é bem instável.
Não consigo me imaginar sem escrever. O que seriam deles sem mim? Estariam largados no esquecimento!
Não teriam cadernos rasbicados, partes encenadas em voz alta trancada no quarto, ficar pensando em cenas e as imaginando antes de dormir e nem momentos em que começo a rir do nada porque lembrei de alguma cena ou de algum personagem.
Anelise não é Anelise se não tiver os seus filhos literários! Eles vivem junto comigo. São doidinhos junto comigo. Veem o mundo junto comigo, justamente porque são parte de mim!
Falei, falei, mas não respondi a pergunta... Mas eu tenho esse trecho, que para mim é a melhor resposta que poderia ter dado!


3 comentários:

Ricardo Biazotto disse...

Acho que nunca pensei em uma resposta mais elaborada para essa pergunta, mas agora lendo a sua postagem acho que finalmente encontrei o que realmente dizer.
Entre outras coisas, acho que não quero simplesmente transmitir o que estou sentindo no momento, mas demonstrar que todas as minhas experiências até hoje podem virar arte, em especial as dificuldades. Uma forma de se sentir aliviado, talvez.
Acho que ficou confuso, mas no fundo ainda preciso pensar um pouco mais. Uma pergunta para refletir por um bom tempo. haha

Beijos,
Ricardo - www.overshockblog.com.br

Gislaine disse...

Oi Ane, adorei esse seu texto. Realmente escrever é uma fuga né? Eu comecei a escrever Os Sonhos de Rita, para fugir dos meus colegas e professores e aulas, no terceiro ano. Eu odiava tudo aquilo e escrever era a melhor fuga. Mas eu escrevo desde sempre, é parte de mim. Se eu não escrevo eu piro. E olha que já sou pirada escrevendo, então imagina se eu não escrevesse né? kkk
Beijooos
http://profissao-escritor.blogspot.com.br/

Francine Porfirio disse...

Oi, flor!
Gostei de ler o seu relato… Eu não escrevia muito quando criança, apenas alguns poemas que até se perderam com o tempo. Quando estava com 19 anos, já na faculdade, vivi um momento profissional muito complicado. Eu me sentia muito sozinha e precisava tomar algumas sérias decisões. Então, durante as férias, assisti Naruto na televisão aberta. Eu vi aquele moleque loiro, que gritava mais do que realmente agia, e acreditava em si próprio – mesmo quando ninguém mais acreditava. E ele ainda dizia que seria o maior ninja da vila (haha). Sério, flor… Esse personagem me inspirou. Voltei a trabalhar, mas o desenho não saiu dos meus pensamentos – não pude mais acompanhá-lo. Joguei na internet "Naruto", e saiu uma história romântica intitulada "Unidos pelo acaso". Descobri que era uma fanfiction e me apaixonei! Imaginar o anime naquele contexto foi lindo! Haha. Aliás, transformar um shonnen em shoujo é a arte de um ficwriter. Por meses, fui uma leitora assídua de fanfictions… Até que comecei a escrever as minhas. Foi assim que passei a escrever, flor. A escrita me libertou, sabe? Quando me sentia angustiada, devaneava e tornava tais devaneios em histórias.

Adorei partilhar isso com você, porque vi que a sua própria história não é muito diferente da minha (rs).

Beijo carinhoso!
http://www.myqueenside.blogspot.com